8 de jan. de 2013

Falta de afinidade ou de entendimento?

Por: Colorado Teus

Auto entendimento

Satisfação,

Neste post venho propor experimentar uma teoria que tenho sobre gostar ou não de alguma coisa, que não me lembro de ter comentado com ninguém até hoje, porém, foi fator decisivo em minha pequena evolução no quesito "não me irritar".
Por toda  minha vida sempre me deparei com pessoas que vivem respondendo com grande velocidade coisas como "gosto", "não gosto", "quero" e "não quero", muitas vezes sem a mínima experiência ou vontade de querer adentrar ao desconhecido. Fui espectador da vida de um menino que já fez muito isso, mas descobriu que isso é algo que o atrapalhava um bocado. Vou citar alguns exemplos e tentar propor uma reflexão:

Em sua infância toda teve pavor por comer chuchu e estudar qualquer coisa que relacionasse a matéria português. Primeiramente falando sobre o chuchu, presenciei a cena em que ele comeu chuchu estragado, quando ainda criancinha, com uns 5 ou 6 anos, o que o fez muito mal, parecia que ele ficou da cor do fruto; após isso, toda vez que aparecia chuchu em sua frente já dava sintomas de passar mal, quando olhava pro prato com tal fruto, o jogava todo na mesa e sempre fazia o maior escândalo com sua mãe por ter preparado aquilo (rebelde nem um pouco).
Um dia, uns 10 anos depois, a dona teve uma ideia genial, preparou o chuchu de maneira que aparentasse um de seus legumes favoritos, a abobrinha, e disse que era abobrinha cuja semente ela tinha tirado. Ele comeu com a maior boca do mundo, repetiu o prato e colocou ainda mais chuchu. Ao final ela disse que tinha o enganado, eu particularmente ri muito, ele parecia um leão irritado, e aquilo me levou a uma séria reflexão: "Será que não gostamos de alguma coisa porque tivemos más impressões ou porque não temos afinidade de fato?" e percebi que não gostar de chuchu era meramente um fator psicológico que ele aprendeu a lidar; hoje em dia eu dou uma trollada nele e ponho chuchu em seu prato quando tem em algum restaurante, mas ele o come dando risada.
O segundo exemplo é falando deste mesmo menino citado, ele foi péssimo na matéria "português" durante todo o ensino médio. Quando se falava a palavra "português" perto dele, ele até arrepiava e já mandava um desabafo na forma de palavras com energias muito negativas para todos que estavam por perto ouvissem. Um dia sua mãe, percebendo que daquele jeito não teria nenhum sucesso acadêmico, o colocou em um curso de português. Como ele começou no básico do curso, ele percebeu que não entendia português porque não tinha lido livros simples em sua vida, livros infantis que despertassem seu interesse pela leitura, na escola os professores vomitavam nele livros que têm um nível de dificuldade que iam muito além de sua compreensão naquela época. Como diria a fada Glinda, do filme O Mágico de Oz, "É sempre bom começar do começo.", assim sendo, começou a devorar cada vez mais e mais livros, começando a entender bem melhor a língua que falava, apesar de sua pequena birra com a gramática brasileira, que esquece muitas vezes que o principal objetivo da língua é a comunicação e não considera as energias pessoais que cada símbolo leva consigo quando utilizado por alguém (cientificismo puro e ideal sem comentários né). Resumindo, redação e português foram suas melhores notas no vestibular. Eu, presenciando tudo isso, percebi que isso dava um pouco mais de vigor à minha teoria do chuchu, pois eram más impressões de notas ruins que o levavam a não gostar de português, e não falta de afinidade. Neste momento, vi que precisava ligar mais duas coisas para fortalecer ainda mais a teoria: más impressões com entendimento.
A primeira vez que comi sashimi, não tinha tempero nenhum, achei horrível! Podia não ter comido nunca mais tamanho o desgosto, até que um dia um amigo me disse que com molho shoyo fica muito bom, comi e gostei, muito! Não gostava de sashimi pois não sabia do melhor jeito pra mim de comê-lo, era falta de entendimento na área de culinária.
Mais dois exemplos para acariciar minha paixão por intertextualidade e fortalecer a teoria.
Um dia vesti uma bermuda vermelha e uma camisa do cruzeiro, azul e branca, para sair para a rua. Minha irmã achou um absurdo e me censurou fortemente. Eu argumentei que achava legal pois era igual às cores da bandeira dos EUA, mas minha outra irmã contra-argumentou  dizendo que quando se fala de moda, se fala de "o que as pessoas estão acostumadas a presenciar na época" e isso poderia afastar pessoas, as quais não estão acostumadas com o diferente, que eu não queria longe de mim naquele momento.
Agora um exemplo na área da música, aconteceu quando estava estudando campos harmônicos por uma revista e o escritor disse "...este intervalo de 3T é chamado de trítono e deve ser evitado ao fazer os solos devido à tensão que ele gera..." e eu contestei "poxa, mas adoro tensão" (atualmente faço de tudo para evitar climas tensos) e depois descobri que este intervalo é muito usado e são as almas de dois estilos musicais que gosto muito: o blues e o rock.
Então minha teoria ficou exatamente em falar que a maioria das coisas que dizemos que não gostamos ou não queremos na verdade é a falta de entendimento ou domínio de alguma(s) energia(s), então proponho virdes junto comigo, querido leitor, a experimentar um mundo, para aqueles que ainda não fazem isso, em que não se julga superficialmente alguma coisa e tentar desvendar as diferenças entre o que não entendemos e o que não temos afinidade de fato e gostaria que, se alguém já passou por alguma situação assim, comente aqui.
Vai dar certo.
Abraços

2 comentários:

  1. Fala, Luquinha!
    To acompanhando o blog, muito boa postagem de hoje. Muito condiz com a realidade. todo mundo passa por casos assim e até acaba vivendo dessa forma por muito tempo.
    Mas é interessante quando você se abre a experiências novas e isso responde em evolução. São pequenas mudanças de atitudes que abrem diversas portas. hahah
    Abraço.

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    1. Olá Marcos, Grande amigo!
      O importante é ter em mente que quando quisermos sair da inércia-nossa-de-cada-dia precisamos nos abrir à novas experiências...mas não se faz sempre necessário né rsrsrs
      abraços

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