Por: Colorado Teus
Satisfação,
Este é o primeiro post do blog “Queremos
querer”, de Colorado Teus, e, como é bom ter uma ideia do que se trata o que
vamos ler - principalmente com a grande quantidade de lixo que circula pela
internet, vou dar uma introdução a meu pensamento e, se sentires afinidade ou
instigares sua curiosidade, seria o maior prazer tê-lo como leitor.
1ª Quantos problemas temos com
atos que fizemos por impulso e no fundo não queríamos ter feito, os bêbados que
me digam, trazendo consequências implacáveis que não queríamos ter de lidar em
nossa vida. Fazendo uma pequena reflexão inicial em cima dos impulsos, é
possível perceber que são três os fatores que mais contribuem para eles
acontecerem: falta de autoconhecimento, falta de auto entendimento e falta de
autocontrole. Ou seja, para contermos um impulso precisamos saber que ele
existe, precisamos entender o porquê deles acontecerem e, por fim, aprender
como controlá-los. Este blog abordará experiências, minhas e de meus amigos,
relacionadas a esses três fatores e algumas técnicas já existentes, com seus
devidos créditos, neste âmbito.
2ª Existe uma “necessidade” que
eu não consigo controlar que é me expressar por meio das artes para outras
pessoas. Sou músico, desenhista, escritor, entrevistador, filósofo, cientista e
hermetista (não graduado em nenhuma das áreas citadas) e vou usar este blog
para expôr experiências nestas áreas, maioria das vezes tentando ser
interdisciplinar, e tentar organizar melhor minhas ideias.
3ª Descobri que nem tudo que gosto
de expôr é saudável para as mentes de todo o mundo. Como eu sou uma pessoa que
preza muito pela liberdade, direitos, acabava expondo coisas que machucavam
pessoas que gosto que infelizmente são preconceituosas e não sabem relevar o
que ouvem/leem. Pensando nisto, fiz uma tiragem de Tarot para saber o que a
acasualidade me diria sobre esta situação e tirei a carta “O louco” que, para
quem não conhece, representaria neste caso navegar por mares nunca dantes
navegados e tentar começar um novo ciclo.
A um primeiro olhar pode parecer
que o terceiro motivo entra em contradição com o primeiro, “Quanta falta de
controle se deixar levar por uma carta de baralho escolhida ao acaso.” E então
começo a falar da primeira técnica de autoconhecimento exposta no site: O Tarot.
O Tarot é um método de prever o
futuro usado pelos exoteristas, só que não. O Tarot é um conjunto de arquétipos
que tentam codificar todos os possíveis pensamentos que a humanidade possui.
Arquétipos? O que é isso?
Vou tomar uma explicação de
arquétipos de uma fonte confiabilíssima, o Wikipédia, e tentar explicar um
pouco mais didaticamente para aqueles que nunca navegaram por esses mares
entenderem com uma maior facilidade. “Arquétipo (grego ἀρχή - arché: principal ou princípio e
τύπος - tipós: impressão, marca) é o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa,
antigas impressões sobre algo. É um conceito explorado em diversos campos de
estudo, como a Filosofia, Psicologia e a Narratologia.” Wikipédia. Basicamente, o arquétipo é uma energia
que qualquer pessoa capacitada pode ter acesso utilizando de algum símbolo
(cor, forma, figura, som etc), que em síntese é como nosso cérebro funciona.
Vou dar um exemplo fofinho, amor. “Amor” é uma palavra que, quando cada pessoa
lê/escuta vai se lembrar de alguns acontecimentos; esta palavra está
relacionada ao símbolo do coração s2 geralmente, mas também pode estar no
escudo do seu time, no nome de alguma pessoa, enfim, é uma energia que pode ser
acessada por qualquer pessoa que, apesar de algumas divergências, vai sempre
lembrar a pessoa de algo que ela queria por perto, subjetivamente falando, e
esse seria o Arquétipo amor. Voltando ao assunto da carta de Tarot que tirei,
por que eu tirei exatamente a carta “O Louco” e de certa forma eu interpretei
como um conselho?
Lembremos a teoria de um louco para achar a credibilidade
que eu dei: Tudo é energia, até mesmo os objetos físicos o são na forma
condensada: E=mc². Tomando por base que uma ideia, ou o que for que passe na
minha cabeça, é uma energia simbolística – pensamos simbolicamente, graças ao
fenômeno da ressonância, meu corpo escolhe a carta cuja energia arquetípica tem
exatamente a mesma frequência que meu pensamento, fenômeno chamado de
sincronicidade por Carl Gustav Jung (que diz basicamente que nenhum símbolo entra
sem nenhum motivo na vida de uma pessoa), e então tenho uma base sólida para
saber o que se passa na minha cabeça nesse momento, podendo ser interpretado como
um conselho meu para mim mesmo.
O Louco (Tarot Mitológico) |
Exatamente, o que é um Louco? Nada que conheço explica
melhor esse arquétipo que o poema escrito por Khalil Gibran: O Louco.
O Louco
O Louco
Perguntais-me como me tornei louco.
Aconteceu assim: um dia, muito tempo antes
de muitos deuses terem nascido,
despertei de um sono profundo e notei que todas
as minhas máscaras tinham sido roubadas
- as sete máscaras que eu havia
confeccionado e usado em sete vidas –
e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando:
"Ladrões, ladrões, malditos ladrões!"
Homens e mulheres riram de mim e alguns
correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado,
um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
"É um louco!".
Olhei para cima, pra vê-lo.
O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua,
e minha alma inflamou-se de amor pelo sol,
e não desejei mais minhas máscaras.
E, como num transe, gritei:
"Benditos, bendito os ladrões que
roubaram minhas máscaras!"
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade
como segurança em minha loucura:
a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele desigual que nos
compreende escraviza alguma coisa em nós.
Aconteceu assim: um dia, muito tempo antes
de muitos deuses terem nascido,
despertei de um sono profundo e notei que todas
as minhas máscaras tinham sido roubadas
- as sete máscaras que eu havia
confeccionado e usado em sete vidas –
e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando:
"Ladrões, ladrões, malditos ladrões!"
Homens e mulheres riram de mim e alguns
correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado,
um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
"É um louco!".
Olhei para cima, pra vê-lo.
O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua,
e minha alma inflamou-se de amor pelo sol,
e não desejei mais minhas máscaras.
E, como num transe, gritei:
"Benditos, bendito os ladrões que
roubaram minhas máscaras!"
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade
como segurança em minha loucura:
a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele desigual que nos
compreende escraviza alguma coisa em nós.
Ao ler esse poema
eu fiquei maravilhado e, quando isso acontece, vem aquela minha necessidade de
fazer algo para expôr meu sentimento e então criei uma música. Esta música, na
verdade, traz consigo, além deste sentimento ao ler o poema de Khalil Gibran,
alguns pensamentos sobre loucos que guardei durante toda minha adolescência,
não exatamente coisas que fiz, mas mais o que percebi de outras pessoas, e
também uma experiência que vivi com um grande amigo ao transformarmos o jogo
mais chato que normalmente se tem em uma festa junina, acertar uma bola na boca
de um palhaço, no evento que mais rendeu lucros daquela festa. Sendo assim, vou
mostrar sua letra pela primeira vez para outras pessoas.
A boca do palhaço
Hoje
é dia 15 acordei sem a razão
Joguei
fora minhas máscaras, liberdade de expressão
Peguei o meu Marotte
e abandonei a Medicina
Rebelei contra o
sistema vou acabar com esta sina
Que tamanho de sapato deve ser
proporcional
Olha o louco aí!
Jogue as bolas, na boca do palhaço
Jogue tudo, na boca do palhaço
Sou um grande e imortal, sobre tudo
é meu poder
Nariz vermelho e boca branca suas
bolas vou comer
Sapato grande que animal minha
vênus vai gostar
Com o tamanho desta mala, fantasias
vão acabar
Faço Yoga e Nigga Flip...hmmm
Olha o louco aí
Jogue as bolas, na boca do palhaço
Jogue tudo, na boca do palhaço
Com bebidas pego todas com maconha
eu sei voar
Mas estes magos é que são drogas
então no wicca vou entrar
De horóscopo eu sei tudo seu futuro
adivinhei
Tem vampiros do meu lado onde foi
que eu errei?
Sem razão não faz sentido..
Olha o louco aí!
Jogue as bolas, na boca do palhaço
Jogue tudo, na boca do palhaço
Termino
este post, feito com muito amor, agradecendo a todos que passaram por aqui, até
o próximo.
Vai dar certo.
Vai dar certo.
Abraços.
Ótimo!
ResponderExcluirMuito bom de se ler! (: Parabéns!
ResponderExcluirVai dar certo!
ResponderExcluir