Por: Luciane Siqueira
O termo Yoga deriva do sânscrito e significa juntar, unir ou integrar.
Pode-se dizer que é a integração do ser individual ao princípio supremo, a superação da ideia ilusória de que ambos estão separados. É também a unificação e integração dos aspectos humanos, isto é, do corpo físico, sutil, psicológico e espiritual.
Não se sabe quem foi seu fundador, mas os primeiros registros foram encontrados entre o século 2a.C e 2 d.C na Índia. Supõe-se que ela exista há mais de 5 mil anos, mas sua filosofia era transmitida apenas oralmente pelos mestres, de geração em geração.
Patânjali foi o grande sistematizador da Yoga, ele fez o primeiro registro sobre ela, descrevendo de maneira ordenada e metodológica o que já existia.
A prática sugerida por Patânjali está descrita em uma metodologia de oito etapas, que ficou conhecida como Astanga Yoga, ou a Yoga de oito (asta) partes (anga).
Estes angas descrevem normas de condutas éticas e atitudes positivas que se deve exercer na vida pessoal, e na relação com os demais, além das posturas de Yoga, que são os Asanas, e os procedimentos técnicos para se chegar ao estado meditativo.
Segundo Patânjali, “Yoga é a cessação dos turbilhões da mente”.
A Yoga pode melhorar a qualidade de vida. Ela atua como:
Terapia: diminuindo os sintomas patológicos;
Prevenção: proporcionando uma vida mais saudável, diminuindo os riscos de aquisição de novas doenças;
Promoção: aquisição e manutenção do bem-estar.
A aplicação adequada desta prática leva a um corpo mais saudável, uma mente mais tranquila e desabrocha um fortalecimento interno; benefícios que se acentuam com o tempo de prática.
Atualmente existem muitas pesquisas científicas que comprovam e validam seus resultados e benefícios. Para finalizar este texto introdutório, deixo um resumo de uma dessas pesquisas:
A ioga traz benefícios cognitivos e afetivos importantes para quem a pratica, como melhora da memória e redução dos níveis de estresse. Essas são as conclusões de um estudo científico brasileiro sobre o tema, conduzido pelo Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A nova pesquisa, publicada em uma revista científica internacional, preenche uma lacuna nos estudos sobre o impacto neuropsicológico da ioga, uma vez que a maioria das investigações sobre a prática carece de controles adequados que garantam o rigor científico ou a aplicação universal dos resultados. Neste estudo, foram utilizados voluntários saudáveis que não praticavam ioga. Eles foram recrutados no Batalhão Visconde de Taunay, em Natal (RN).
Os cientistas conseguiram autorização do coronel Odilon Mazzine Junior para realizar uma atividade atípica para o grupo de 17 soldados que participaram do estudo: uma hora de ioga, duas vezes por semana, durante um semestre. Outros 19 militares não participavam das aulas e serviram como grupo de controle, para que os resultados pudessem ser comparados.
A bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo, pratica ioga há cerca de uma década, mas nunca tinha colocado o exercício sob a lente da psicobiologia, sua área de pesquisa. Animou-se, no entanto, quando o também biólogo Kliger Kissinger Fernandes Rocha pediu que ela o orientasse no doutorado. Ele é professor de ioga e reconhecia as limitações dos estudos sobre o tema. Por isso, sugeriu abordá-lo em uma tese. O trabalho, publicado na revista científica Consciousness and Cognition, é fruto deste interesse.
Os militares foram avaliados no início e no fim do estudo. Foram aplicados testes de memória e formulários para averiguar o nível de estresse e outras condições psicológicas, bem como testes fisiológicos. “Notamos uma melhora de 20% na memória de longo prazo nos militares que praticaram ioga”, afirma Rocha. “É um porcentual que indica um considerável ganho cognitivo”, completa.
Fonte: Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Contato: siqueira_luciane@yahoo.com.br
Luciane Siqueira.
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