Por: Colorado Teus
O vegetarianismo é, na verdade, um falso moralismo
que vem de algumas linhas referentes a algumas tradições Orientais. A grande
questão é que houve uma distorção nos ensinamentos que chegaram até o Brasil e grande
parte das pessoas que vivem essa filosofia são, na verdade, incoerentes.
Para entender a questão do vegetarianismo, sob o ponto de vista espiritual, precisamos entender, primeiramente, a filosofia de evolução das tradições que pregam dogmaticamente esse exercício.
Para entender a questão do vegetarianismo, sob o ponto de vista espiritual, precisamos entender, primeiramente, a filosofia de evolução das tradições que pregam dogmaticamente esse exercício.
Citando um texto que escrevi há pouco tempo:
"- A que tem a matéria como uma prisão do espírito.
- A que tem a matéria como instrumento do espírito.
Os membros dos grupos que se baseiam na primeira tradição citada costumam ver o mundo físico como algo ruim, algo que limita a alma, que ilude o ser humano e aumenta o ego. Os membros dos grupos que se baseiam na segunda tradição costumam ver o mundo físico como um lugar cheio de obstáculos, que podem ser utilizados para a evolução. Porém, o que vemos na maioria dos grupos hoje é uma "mistureba" dessas tradições, pois não pesquisam as origens dos livros que leem e também não têm senso crítico para entender que as duas visões são melhor utilizadas se separadamente. Em um momento dizem que a mãe natureza é maravilhosa (ou seja, não veem o mundo físico como algo ruim) e em outro momento dizem que tudo é Maya, ou ilusão. Resumindo, entram em contradição e não percebem que não estão percorrendo caminho nenhum de fato.
Assim, considerando as ideias das pessoas que acham que o mundo físico é uma ilusão, teríamos o dinheiro como algo ruim e involutivo. Essa ideia não seria problema se as pessoas de fato seguissem os ideais dessa tradição (que é o total desapego do material, ou seja, sem mais ipads, roupas de marca, celulares, equipamentos de vários tipos, restaurantes chiques etc.; seria algo do tipo: o suficiente para sobreviver, o mínimo de alimentos e roupas possível, muito trabalho braçal - "cortar madeira e carregar água" - e todo o resto do tempo meditando), mas o que mais vemos são pessoas que querem ter um estilo de vida "ocidental" e vender ideias "orientais", pessoas contraditórias no mínimo, quando não, hipócritas. Estas pessoas sempre viverão o paradoxo de querer muitas coisas e não ter dinheiro para fazê-las, pois a maioria não possui uma boa relação com o mundo físico e não tem capacidade de manter uma rotina de trabalho."
Retirado de: http://coloradoteus.blogspot.com.br/2015/10/espiritualidade-e-dinheiro.html
É justamente aí que podemos começar a apontar algumas inconsistências em pessoas que praticam essa filosofia, pois tentam seguir uma tradição pela metade, achando que a alimentação é algo suficiente/fundamental para se dizer um mestre ascensionado.
- O segundo ponto a se entender é a origem dessa filosofia no nosso continente, que se deu pela sociedade teosófica, o grupo responsável por ocidentalizar os conhecimentos esotéricos orientais. Tudo isso começou com a Madame Blavatsky, que era uma Maga de verdade, que sabia muito bem o que queria e entendia os resultados daquilo que fazia. Ela entendia os efeitos da energia da carne, que aumentam a energia de Marte/Ogum/Geburah/Força/Vontade/Fogo no ser humano, o que era incompatível com sua nova filosofia Yogue, porque fere o princípio de não violência do Yama.
Em primeiro lugar esse princípio é um dos causadores do maior problema que a Índia viveu durante os últimos ~4000 anos. Você conhece a história das castas na comunidade hindu? Ela começou quando os Brahmanch'aryas (conhecidos como Brâmanes ou Aryanos) invadiram a Índia nessa época e dominaram completamente sua população. A grande questão é que, devido a essa filosofia, ninguém foi capaz de bater de frente com eles, ninguém foi capaz de se defender ou defender seu povo, aceitando passivamente sua opressão e domínio completo; isso é, ainda, um comportamento comum dentre os yogues (e posteriores "vegetarianos"), ver um mal acontecendo e não ter forças para fazer nada. Hoje quase 1 bilhão de pessoas vive em EXTREMA MISÉRIA (isso envolve crianças, animais, idosos e pessoas com deficiências) por causa disso. O coração mole, depois do medo, é um dos maiores responsáveis pelo silêncio e omissão daqueles que precisam defender a justiça no mundo.
- O terceiro ponto a se entender é justamente o coração mole que acabei de citar, mal entendido como 'compaixão'. "Na palavra “compaixão” o seu sentido aceito – que é uma etimologia deficiente – implica que você é um sujeito agradável, e o outro muito sujo; ou seja, você o insulta por pena dos seus infortúnios." segundo Crowley. Essa é uma das questões que mais venho discutindo sobre a Sociedade Teosófica, que vende sua imagem de "pessoas compassivas" e na verdade estão reforçando o sentimento de superioridade que sempre assolou esse grupo. Mas supondo que isso fosse uma virtude, podemos ver que mesmo assim a ' falsa compaixão' não justificaria o vegetarianismo. Do ponto de vista físico, há muitos estudos que comprovam a inteligência, a memória, a dor e os sentimentos das plantas, vou colocar duas referências para consulta, mas existem inúmeros estudos que comprovam isso:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-inteligencia-das-plantas-revelada/
http://noticias-alternativas.blogspot.com.br/2015/03/plantas-sao-sencientes-sentem-dor-e-sao.html
Notem que existem até mesmo PLANTAS CARNÍVORAS, ou seja, plantas assassinas e opressoras dos animais. Inclusive isso levanta uma outra questão que foi destacada no filme MIB, que diz que o ser humano tem o costume de achar que só porque algo é pequeno não tem valor. Ou seja, as bactérias, os vermes, os insetos, os vírus e todos os seres minúsculos que vivem nas plantas podem ser comidos, porque 'eles não têm sentimentos' (ou só porque você não os enxerga sofrendo?). Sem contar seus biomas que são devastados para termos plantações enormes (a devastação ambiental para plantar é muito maior do que para criar animais) e os diversos meios de eliminar os animais que podem ser nocivos à saúde humana e vivem nos vegetais que comemos (esses podemos matar, porque eles me causam medo). Tudo isso expõe um falso moralismo dogmático que gira em torno de um termo que é usado para autoafirmação de superioridade.
- Espiritualmente, nos vegetais vivem inúmeros seres elementais que têm vida e também sentem dor. Comer um vegetal sem o devido respeito causará tantos problemas para esses seres quanto é causado a um animal quando comemos sua carne (ou pior, devido a enorme quantidade de seres que vivem num vegetal). A questão da alimentação é um sistema criado por nosso Divino Pai para a automanutenção e mistura dos seres. Tratar um animal ou um vegetal de maneira dessacralizada não tem a menor diferença. Os grandes sábios da nossa terra, os índios, sempre comeram a carne de animais, a grande diferença é o entendimento e o respeito pelo que faziam, sabendo que, ao comer um animal, estavam comungando com a grande natureza em um ciclo de vida e morte, assim como serão comidos por outros animais ao morrer. Algumas tribos indígenas especializadas no combate já nos revelaram que antes da guerra era muito importante que comessem carne, pois era dela que tiravam uma boa energia para a luta.
Se nosso Divino Criador, perfeito como é, considerasse errado comermos carne, por que criaria tantos seres carnívoros (até mesmo plantas)? Por que criaria órgãos especializados na alimentação carnívora no próprio ser humano? Note que a alimentação carnívora foi fundamental para a sobrevivência do ser humano, sem ela não existiria nossa raça no planeta. Inclusive há muitos nutricionistas que afirmam a importância para a saúde em comermos carne, pois é um fator evolutivo que contribuiu para nossa proliferação. Há ótimas discussões a respeito desse tema nesse artigo:
http://www.deldebbio.com.br/2015/11/02/quebra-de-paradigmas-na-nutricao/
- O que combatemos nos meios sérios de espiritualidade não é o ato de comer carne, mas sim a má criação, as condições de vida dos animais e o ato de comer sem ter consciência do que está acontecendo. Existem muitas empresas que fazem horrores com animais de forma deliberada, algo que só apoia quem de fato não quer enxergar as conexões entre o universo. Mas, por outro lado, há muitos animais que possuem condições de vida infinitamente melhores que as de muitos seres humanos, animais que passam o dia todo só comendo e fazendo amor, soltos em um pasto com tudo que precisam (água, alimentos, medicamentos, cuidados etc.), sem precisarem trabalhar como escravos.
Está na hora de pararmos de fazer confusão com o assunto, parar de se sentir alguém melhor por seguir uma falsa moral e entender como os ciclos se dão em nosso mundo. Vamos entender a mensagem transmitida pelo grande Rei Mufasa:
"“Mas pai, nós não comemos o antílope?”, Simba questiona e Mufasa responde: “Sim Simba, mas deixa eu te explicar. Quando você morre seu corpo vira grama, e os antílopes comem a grama. Então estamos todos conectados."
O que aprendi no tempo em que fiquei vegetariano é
que é muito difícil termos uma alimentação equilibrada sem a carne no país em
que vivemos. Fraqueza, falta de energia e incapacidade de me relacionar com o
mundo em que vivia (enfrentar uma rotina, estudar e trabalhar por longos
períodos, sentir mal perto de todo mundo - o que normalmente implicava em eu
não conseguir ajudar quem precisava, pois quem mais precisa de ajuda
normalmente está numa 'má vibração' e eu me desequilibrava perto delas, passar
mal em qualquer ambiente) eram sentimentos recorrentes. Como ser um guerreiro
espiritual sem ter energia para guerrear? Como defender a justiça se eu não
tiver forças para lutar contra o opressor? Como fazer a caridade se eu não
conseguir me sentir bem perto de pessoas que estão mal energeticamente? Essas,
entre muitas outras, são perguntas que faço para aqueles que defendem que 'ser
vegetariano é se espiritualizar', mas o que descobri é que toda vez que
questiono ou argumento qualquer coisa que demonstre as fraquezas dessa
filosofia, sou tratado da mesma forma de quando faço algo do tipo com fanáticos
religiosos. Todo argumento que uso é um 'migué' ou 'estou forçando a barra',
pois nada pode ir contra a verdade. Engraçado que alguns companheiros de
trabalho já reportaram os mesmos problemas, vejam esse vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=SOhXPRhHEWY
https://www.youtube.com/watch?v=SOhXPRhHEWY
Para concluir, eu gostaria de deixar bem claro que
não sou contra as filosofias orientais, budistas, taoistas etc. que pregam o
vegetarianismo, pois existe uma coerência entre o que pensam, o que falam e
como agem; como disse o Pirula, autor do vídeo anterior: "São pessoas que
têm bons argumentos para se tornarem vegetarianos, que não precisam usar
argumentos mentirosos". Sou contra a disseminação de ideias sem
embasamento, coerência, sentido ou estudo, pois isso só prolifera a ignorância
e fortalece as maritacas espiritualistas que só repetem o que ouviram do guru,
sem pensarem por si próprios
Vai dar certo!
somente para corrigir a parte em que afirma "Sem contar seus biomas que são devastados para termos plantações enormes (a devastação ambiental para plantar é muito maior do que para criar animais)". essa afirmação é falsa e difere muito da verdade, quase 70% das terras agrícolas no mundo são dedicadas a pecuária e não a agricultura. você não informou nenhuma fonte então imagino que tenha sido com base no senso comum mesmo mas uma rápida pesquisa pode esclarecer a questão. obrigado pelo texto, aborda alguns temas interessantes embora seja superficial.
ResponderExcluirAntes de corrigir alguém, pesquise, ou sempre passará vergonha.
Excluirhttp://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/955141/1/Ministeriodaagricultura.pdf
A agricultura, as madeireiras e a pecuária agem em conjunto, rotacionam o uso das terras e têm o mesmo peso na responsabilidade em impacto. As madeireiras abrem a terra, a agricultura esgota o solo e, então, vem a pecuária terminar de devastar.
ExcluirSe hoje há maior uso da pecuária, por exemplo, grande parte é porque a terra já está esgotada por causa da agricultura.