22 de abr. de 2014

Poema 1 - Soror S. M.













Poema 1 - Soror S. M.

Não, não se esqueça coração 
De acreditar na bondade do divino propósito 
Que nos fez poeira de estrelas expandindo-se 
Na geração perpétua dos mundos 
Basta que eu cerre as portas
E a verdade se revela 
Entoem os homens suas cantilenas de vazio e de horror 
Meu coração transmutando ouve apenas o som das esferas 
A boca de Deus me canta 
Sou uma nota divina 
Vibrando em oitavas de luz 
Eu sou 
Resultado perfeito da obra sagrada 
Existindo em forma, energia e massa 
No espaço-tempo da retorta alquímica 
Sou mutação perene 
O milagre da vontade 
A potência do ato 
A emanação da fonte 
Sagrada e misteriosa como o cosmos 
Derrame-se o tempo em suas cadeias de ilusão 
Moendo a matéria em suas mecânicas engrenagens 
Nada me demoverá do que me foi revelado 
No instante eterno 
Em que mil sóis pulverizaram 
Em apocalíptica sinfonia 
A concretude enganosa da dor 
Eu sou o Amor

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